Compreender a formação e territorialização das comunidades quilombolas do município de São Miguel do Guamáe suas estratégias de resistência cotidiana foi um dos desafios deste trabalho. Como objetivo geral, estudei quatro comunidades quilombolas do município de São Miguel do Guamá, por estas apresentarem uma diversidade de questões referentes à territorialidade quilombola na Amazônia paraense, essenciais para discussão do processo de regularização fundiária no estado do Pará. Utilizei os seguintes procedimentos metodológicos: análise documental, levantamento bibliográfico, entrevistas com roteiro de perguntas semiestruturada, aplicação de questionário, preenchimento de formulário para elaboração deum banco de dados, observação e registros fotográficos. O estudo revelou que a emergência da identidade quilombola faz vir à tona elementos que marcam o sentimento de pertença ao território. Acredito que este sentimento desencadeia o processo de construção da territorialidade quilombola que de certa forma se fundamenta na luta pela permanência na terra, no trabalho de roça e nas relações de parentesco, vizinhança e na religiosidade. Diante disso, este estudo, conclusivamente, reconhece o processo de construção da identidade quilombola ,recolocadas na problemática da terra, no trabalho e na família como unidade primária de produção e reprodução.
MALCHER, Maria Albenize Farias. O olhar geográfico: a formação e territorialização de comunidades quilombolas no município de São Miguel do Guamá, Pará. 2017. 182f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Professora EBTT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA/Campus Belém, instituição na qual obteve o título de Licenciada em Geografia (2006) e especialista em Educação para Relações Étnicorraciais (2008). Mestra em Geografia pela Universidade Federal do Pará (2011). Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (2017). É militante do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – CEDENPA; Diretora de Relações Institucionais da Associação de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN e Coordenadora do Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros/CONNEAB (2022-2024 | Gestão Aquilombar). Tem experiência em Educação para a Relações Raciais – ERER com ênfase nos seguintes temas: territórios quilombolas; movimento negro (movine); movimento de mulheres negras.
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