SEREMOS AS PRIMEIRAS, MAS NÃO AS ÚNICAS: MOVIMENTOS NEGROS PRESSIONAM GOVERNO FEDERAL PARA INDICAR A PRIMEIRA MULHER NEGRA E PROGRESSISTA PARA O STF

Escrito por Helen S.
Revisado por Iraneide Soares
Publicado por Yure Gonçalves

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Representação e representatividade são dois temas importantes na dinâmica das relações democráticas no Brasil, sobretudo no que se refere à população negra.

Em 2023, ano que inicia o terceiro governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governo este marcado pelo slogan “União e Reconstrução”, que apresenta para o Brasil um projeto de governo democrático, inclusivo, que afirma as agendas históricas dos movimentos sociais precisa assumir mais essa pauta dos movimentos negros e que interessa à de mais de 56% da população brasileira que historicamente foi negligenciadas e clama para que o nosso país tenham os avanços necessários, inclusive no judiciário.

Hoje os movimentos negros através da campanha “Queremos ministra negra no STF” lançada no site ministranegranostf.com.br tentam sensibilizar/pressionar o governo federal a indicar para o Supremo Tribunal Federal (STF) uma mulher negra progressista.

A possibilidade disso ocorrer se dá em 2023 com a aposentadoria da Ministra Rosa Weber no mês de outubro.

Outrossim, em 132 anos de existência, o STF já teve 171 ministros, sendo apenas três mulheres e três homens negros. Ainda que a população negra seja a maioria no Brasil e as mulheres também, essa representatividade não tem sido espelhada nos cargos de poder.

salientamos ainda, que em alguns órgãos do poder judiciário brasileiro, por exemplo, a ausência de pessoas negras chegou a quase completar um século. Foi quando, em junho de 2023, tivemos a primeira mulher negra a ocupar o Tribunal Superior Eleitoral, a então ministra Edilene Lobo.

A Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) se soma aos movimentos negros para entoar o desejo de que o governo possa indicar a primeira mulher negra progressista para STF, mas que esta seja também a primeira de muitas. A justiça não é cega e a necessidade de representatividade precisa ser enxergada para que a população negra possa continuar a lutar pela reparação histórica dos seus direitos negados.

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