Mapeamento da Mídia Negra no Brasil

Na última quarta-feira (05), o Fórum Permanente pela Igualdade Racial (Fopir) lançou o e-book “Mapeamento da Mídia Negra no Brasil”. O Mapeamento de Mídia Negra no Brasil é um esforço coletivo, elaborado por várias mãos e pensadores e pensadoras. Além dos dados do Mapeamento, o e-book conta com contribuições fundamentais em artigos de Alane Reis, Edson Cardoso, Gabi Oliveira (De Pretas), Jonas Pinheiro, Larissa Santiago e Rosane Borges.

O e-book também lembra o texto manifesto NINGUÉM MAIS VAI CALAR O GRITO POR LIBERDADE, com a adesão de mais de 30 iniciativas de comunicação e jornalismo de diferentes regiões do Brasil, com forte protagonismo das mulheres. O documento traz o pensamento, as reflexões e as narrativas produzidas por estes coletivos para fortalecer o projeto de cidadania e justiça para as populações negras.

O racismo tem um suporte material que é a vida das pessoas negras baseadas na ausência de direitos, na pobreza e na desumanização. Os debates e ações desenvolvidas pelo FOPIR com foco no fortalecimento das mídias negras no Brasil têm levado em consideração que essas mídias são espaços fundamentais para potencializar as narrativas e denúncias contra o racismo, e o projeto de genocídio contra a população negra.

“O papel das mídias negras na implosão de imaginários” é o título do artigo da jornalista Rosane Borges publicado aqui, cujos caminhos apontam o tamanho de nosso desafio institucional. Em tempos de pandemia mundial pela covid-19, que agrava ainda mais a condições de vida e sobrevivência das populações negras, a crítica ao projeto político hegemônico racista deve ser permanente e resultar diretamente em formas que rompam o silenciamento. As narrativas produzidas pelas mídias negras têm clamado pela vida negra e têm contribuído para a descolonização e visibilização do pensamento, além de dar destaque às ações desempenhadas pelos movimentos negros no Brasil.

A pesquisa foi um levantamento aberto ao público, realizado de forma online, no qual houve sessenta e cinco (65) respondentes que se identificam com a perspectiva da mídia negra ou com uma produção ancorada na luta contra o racismo e desigualdade no Brasil. Portanto, foram consideradas todas as respostas neste mapeamento. Acesse o mapeamento: http://fopir.org.br/fopir-lanca-mapeamento-da-midia-negra-no-brasil/3091

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