Karoline Bezerra Maia: A Primeira Promotora de Justiça Quilombola do Brasil

Escrito por: Nathália Rodrigues.
Publicado por Maria V. Gonçalves

A primeira de sua família a ingressar e concluir o ensino superior, Karoline é nascida e criada na comunidade quilombola de Jataí no município de Monção (MA).

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Karoline Bezerra Maia, recentemente alcançou um marco significativo na história brasileira: tornou-se a primeira Promotora de Justiça Quilombola do país. Sua jornada é um testemunho de resiliência, determinação e compromisso com a justiça social. 

A primeira de sua família a ingressar e concluir o ensino superior, Karoline é nascida e criada na comunidade quilombola de Jataí no município de Monção (MA). Filha de pais analfabetos, Erozino Boaventura Maia e Raimunda Bezerra Maia, já falecidos, Karoline é a caçula entre os seis irmãos, que sempre enfrentaram as dificuldades advindas das desigualdades. No entanto, sua paixão pela justiça e pela igualdade a impulsionou a superar obstáculos e buscar uma educação que a capacitasse a fazer a diferença em sua comunidade.

Karoline Bezerra Maia, primeira promotora quilombola do Brasil, é ex-aluna do Projeto Identidade, uma iniciativa da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), implementada pela Fundação Pedro Jorge (FPJ) com o apoio da Educafro. Para alcançar esse feito, ela equilibrou o trabalho em um escritório de advocacia com os estudos e a preparação para um concurso público, através do Projeto Identidade da ANPR. Como parte desse projeto, ela recebeu uma bolsa de R$ 2,5 mil por seis meses. 

Após concluir seus estudos em Direito, Karoline embarcou em uma jornada profissional dedicada a defender os direitos das comunidades quilombolas e lutar contra a discriminação e a injustiça. Sua atuação como advogada a colocou na linha de frente de batalhas legais importantes, destacando-se como uma defensora incansável dos direitos humanos.

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Em um momento histórico marcante, Karoline Bezerra Maia foi nomeada como a primeira Promotora de Justiça Quilombola do Brasil. Essa nomeação não apenas reconhece sua competência profissional, mas também representa um avanço significativo na representatividade e inclusão dentro do sistema jurídico brasileiro. “Que eu seja a primeira de outras que virão e seja um instrumento de transformação social”, disse Karoline em entrevista à ANPR. 

Como Promotora de Justiça Quilombola, Karoline agora tem a oportunidade não apenas de continuar sua defesa apaixonada pelos direitos das comunidades quilombolas, mas também de influenciar positivamente políticas e práticas para garantir uma justiça mais equitativa e acessível para todos os brasileiros. Sua conquista não é apenas pessoal, mas também representa um passo significativo em direção a um sistema jurídico mais inclusivo e representativo. Que sua jornada continue a inspirar futuras gerações a trabalhar incansavelmente por um mundo mais justo e inclusivo.

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