Por telefone, conversei com o Dr. Daniel Teixeira, advogado e coordenador de projetos do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). O jovem de 36 anos advogou em 2016 para o FOPIR em quatro relatorias de Direitos Humanos das Organizações das Nações Unidas (ONU), em relação ao relatório da CPI dos assassinos de jovens, que concluiu haver um genocídio em curso no Brasil contra a população negra e jovem. Ou seja: é o Estado brasileiro reconhecendo em um documento oficial o próprio genocídio. “Se o Estado brasileiro diz isso, e no próprio documento estipula quais são as recomendações para o reverter o quadro, por quê esse documento está engavetado? É preciso desengaveta-lo justamente para que a gente tenha as medidas aplicadas na prática” provoca Teixeira. No papo, registrado abaixo, Daniel comenta ainda sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), fala do histórico das leis racistas e “para inglês ver”, convoca a sociedade civil e, claro, fala com propriedade sobre a Justiça brasileira.
ACESSE AQUI: http://fopir.org.br/racismo-e-justica-para-ingles-ver-e-o-genocidio/2698