CARNAVAL E NEGRITUDE: UMA JORNADA EDUCATIVA ATRAVÉS DA FOLIA

A festa é uma ferramenta poderosa para educar sobre a negritude e sua importância na sociedade brasileira.

Escrito por Helen S.
Revisado e publicado por Yure Gonçalves

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O carnaval, com suas cores vibrantes, ritmos frementes e alegria contagiante, é um dos maiores eventos culturais do Brasil. Mas, além da festa popular, o carnaval também é uma oportunidade para celebrar a negritude e sua fundamental contribuição para a história e a cultura do país.

As raízes do carnaval brasileiro estão também intimamente ligadas às culturas africanas trazidas pelas pessoas escravizadas durante o período colonial. Ritmos como o samba, o frevo, o maracatu e o afoxé, assim como instrumentos musicais como o atabaque, o agogô e o berimbau, são exemplos dessa herança ancestral que permeia a folia.

O carnaval pode ser utilizado como ferramenta de educação para a igualdade racial, promovendo o reconhecimento da importância da negritude na formação da sociedade brasileira. Através de projetos educativos em escolas e comunidades, é possível abordar temas como a história da escravidão, a cultura afro-brasileira e o combate ao racismo.

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Professores/as podem utilizar o carnaval como tema de aulas, explorando a história, a música, a dança e as diferentes formas de expressão cultural presentes na festa. A criação de fantasias, instrumentos musicais e apresentações artísticas com temática afro-brasileira são exemplos de atividades que podem fomentar a criatividade e o aprendizado dos/as alunos/as.

O carnaval também é um momento para celebrar a diversidade cultural e promover a inclusão. Escolas de samba, blocos afro e afoxés são exemplos de espaços onde a negritude se expressa com orgulho. É importante incentivar a participação de todas as pessoas na festa, valorizando a riqueza cultural afro-brasileira.

Ainda há muito a ser feito para que o carnaval seja um espaço verdadeiramente inclusivo e livre de racismo. É necessário combater estereótipos e promover a representatividade da negritude em todos os âmbitos da festa, bem como, a devida valorização das pessoas que produzem a cultura popular nesses espaços de folia.

Saiba um pouco mais sobre o assunto através do depoimento do associado da ABPN, prof. dr. Móises Santana, acerca da sua tese de doutorado intitulada: “Olodum: carnavalizando a educação – curricularidade em ritmo de samba-reggae”.

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