Os concursos vestibulares das universidades estaduais paulistas e o ensino de Química no nível médio

A presente pesquisa teve como objetivo estudar a influência do sistema de verificação final de aprendizado sobre as práticas de ensino de Química no nível médio. Para tanto, identificamos e caracterizamos o nível de compreensão do conhecimento químico solicitado dos alunos egressos do ensino médio Brasileiro para seleção dos futuros universitários. Focamos nossas investigações sobre as questões das provas de Química da segunda fase dos concursos vestibulares da Universidade de São Paulo e da Universidade de Campinas, assim como nas provas de conhecimento específico para as carreiras das áreas de Ciências Biológicas e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista e os relatórios de desempenho correspondentes, entre os anos de 1998 e 2008. O percurso metodológico desenvolvido analisa as questões em três eixos: (1) tema do ensino de química, que se utiliza da Proposta Curricular para o ensino de Química do estado de São Paulo de 1998; (2) processo cognitivo, que tem como referencia a Taxonomia de Bloom e (3) o desempenho médio dos candidatos nas questões das provas de Química. A triangulação dos dados evidenciou o caráter normativo, orientador e controlador destes exames sobre o sistema de ensino que os antecede.

Como citar...

AMAURO, Nicéa Quintino. Os concursos vestibulares das universidades estaduais paulistas e o ensino de Química no nível médio. 2010. Tese (Doutorado em Físico-Química) - Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.

fotos-site-8

Nicea Quintino Amauro

Bacharel em Química pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN, entre os anos de 2018-2020, editora-chefe da Revista ABPN (2017-2018) esecretária executiva em (2017-2018). E Coordenadora Executiva do FOPIR – Fórum Permanente pela Igualdade Racial e Conselheira do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR, na área de educação (2019-2020). Contribuiu para adequação na Base Nacional Comum Curricular – BNCC na área de Ciências da Natureza para e as Relações Étnico-Raciais. Orientadora no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM/UFU) e no Programa de Pós-Graduação em Química (PPQUI/UFU). Possui pesquisas nas áreas de currículo e avaliação, experimentação no ensino de química e descolonização do currículo de ciências. É integrante da Casa Laudelina de Campos Mello – Organização da Mulher Negra, desde a sua fundação, em 1989. Atuando nas áreas de formação, juventude, saúde e direitos reprodutivos e na coordenação de projetos. Mãe de um jovem preto, Luan Matheus Amauro, a 19 anos.

Pular para o conteúdo