Entre quilombos e palenques: um estudo antropológico sobre políticas públicas de reconhecimento no Brasil e na Colômbia

O contexto sociopolítico Latino-Americano vem se modificando nas duas últimas décadas por conta de processos de redemocratização política que evidenciaram as seguintes questões: 1)Estados que se reconheceram como multiculturais e pluriétnicos; 2) Estados que adotaram políticas públicas de reconhecimento de direitos culturais e etnicorraciais direcionados às populações negras e indígenas. Esse é o caso de Brasil e Colômbia, países em que as ideologias de mestiçagem e democracia racial vêm perdendo espaço para a problematização das desigualdades sociorraciais e políticas de reconhecimento. A partir desse quadro situacional analiso os processos de construção e desenvolvimento das políticas públicas para comunidades negras (quilombos) no Brasil e palenques na Colômbia. Nesse objetivo estão enquadradas a construção e aplicação do Programa Brasil Quilombola (2004) e a Lei 70 colombiana (1991), mais conhecida como a Lei dos Negros, entre ambas há um ponto em comum: a garantia de direitos territoriais para populações negras. Isso faz com que Estado e sociedade enfrentem problemáticas sociais, até então, ignoradas ou minimizadas: territorialidade e racismo. Esse entrelazamiento de questões cruciais nos faz refletir sobre como isso está ocorrendo? Quais são as dificuldades? Quem são os atores sociais envolvidos? Essas questões motivaram a elaboração da tese de doutorado Entre Quilombos e Palenques: um estudo antropológico sobre políticas públicas de reconhecimento no Brasil e Colômbia.

Como citar...

SILVA, Vera Regina Rodrigues da. Entre quilombos e palenques: um estudo antropológico sobre políticas públicas de reconhecimento no Brasil e na Colômbia. 2012. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. doi:10.11606/T.8.2012.tde-18122012-124012. Acesso em: 2023-10-16.

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Vera Regina Rodrigues da Silva

Professora associada no Instituto de Humanidades da UNILAB- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira. Vice-coordenaora no Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia UFC-UNILAB. Professora no seminário especializado O Brasil contemporâneo sob a ótica de pensadores(as) negros(as): o que temos a dizer sobre democracia, fascismo e racismo no Instituto de Investigaciones Afrolatinoamericanas da Universidade de Harvard (2021-2022). Líder do do Grupo de pesquisa Oritá – Espaços, Identidades e Memórias e coordenadora da Linha de Pesquisa “Identidades e Políticas Públicas”. Vice-coordenadora do Comitê de Antropólogos(as) Negros(as) da ABA – Associação Brasileira de Antropologia. Diretora de Áreas Acadêmicas da ABPN – Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) Gestão 2020-2022. Membra do Conselho de Administração do Instituto Dragão do Mar (CE). Coordenadora do projeto de extensão “Mulheres Negras Resistem: processo formativo teórico-político para mulheres negras”. Membro da Comissão Nacional para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (CADARA). Coordenadora do “Projeto de Pesquisa e Extensão: o apagamento do negro na terra do sol – rumos da educação e cultura afro-brasileira no Ceará.” Doutora em Antropologia Social pela USP – Universidade de São Paulo (2012) ; Mestre em antropologia social – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006); Bacharel em Ciências Sociais Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Ex-Coordenadora pedagógica do Curso de Especialização (EAD) UNIAFRO- Promoção da Igualdade Racial no Ambiente Escolar (2014-2016). Ex-Conselheira Estadual de Promoção da Igualdade Racial (2016-2018). Ex-Coordenadora do curso de Bacharelado em Antropologia (2015-2017). . Ex-Bolsista do Programa Internacional de Bolsas de Pós-graduação da Fundação Ford (2007); Realizo pesquisas com ênfase em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: quilombos, políticas públicas, educação, racismo, relações etnicorraciais e feminismo negro.

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