É Preta, é Preto em todo canto da cidade: história e imprensa na São Luis/MA (1820 – 1850)

 Este trabalho tem como objetivo principal analisar e compreender como se deu a constituição da cidade de São Luís do Maranhão, Brasil, imersa nas relações entre senhores e senhoras brancas com negros e negras escravizadas, na primeira metade do século XIX, especialmente entre os anos de 1820 e 1850. Bem como, discutir a conformação da imprensa na capital do Maranhão, seguindo o jornal Publicador Maranhense, (1842-1880) a fim de verificar e analisar naquele periódico, entre os anos de 1842 e 1850, a presença dos trabalhadores e trabalhadoras negras. Na primeira metade do século XIX, a cidade de São Luís era a principal comarca da província do Maranhão. Sua fundação e constituição, assim como muitas cidades do Brasil e das Américas se deu com o uso de modo exploratório de trabalhadores e trabalhadoras negras, que ocorria desde o século XVII. Entre os temas discutidos na tese podemos citar: um debate historiográfico sobre a escravidão brasileira; um estudo sobre a constituição da cidade de São Luís do Maranhão, a influência e a participação dos africanos e seus descendentes na formação da sociedade local, vista já nos anos de 1820, como uma cidade muito negra. Buscou-se encontrar as mulheres e homens trabalhadores negros escravizados em diversas fontes históricas, como Passaportes e documentos produzidos pela secretaria de polícia, Inventários e Testamentos post-mortem, trilhando um caminho pela História Social, buscamos examinar os homens negros e as mulheres negras escravizadas.

Como citar...

Silva, Iraneide Soares da, É preta, é preto em todo canto da cidade: história e imprensa na São Luís/MA (1820 - 1850) / Iraneide Soares da Silva - 2017.

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Iraneide Soares da Silva

Doutora em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia/UFU; Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará/UFC; Graduada em História pelo UniCEUB/DF. Presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadorxs Negrxs/ABPN (2022-2024); Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em História e Memória da Escravidão e do Pós-Abolição/SANKOFA/UESPI; Coordenadora Nacional do Consorcio Nacional dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros/CONNEABS (2020-2022) Pesquisadora filiada a Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as)/ABPN; a Associação Nacional de História/ANPUH. pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Africanidades e Afrodescendências/IFARADÀ/UFPI; do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Relações Étnico-Raciais, Movimentos Sociais e Educação/N?UMBUNTU/UFPA; do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro/NEPA/UESPI; Pesquisadora Ativista do Movimento Social Negro Organizado Brasileiro desde 1989, onde atuou como uma das gestoras da ONG Kilombo ? Organização Negra do RN – 1994 a 2002; Em 2001 participou de todo processo preparatório para a ?III Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas?, tendo representado seu estado, (Rio Grande Do Norte) como membro da delegação brasileira em Durban, África do Sul na referida conferência, com bolsa da Fundação Ford. Como professora/educadora trabalhou 8 anos com crianças portadoras de deficiência auditiva no Centro SUVAG do Rio Grande do Norte – Sistema Universal Verbotonal de Audição Guberina, de 1993 a 2002. Foi professora da rede estadual de educação do Rio Grande do Norte entre 2001 a 2002. Na gestão federal trabalhou na Ouvidoria do gabinete da então Ministra da Assistência Social, Benedita da Silva em 2003; Neste mesmo ano, foi convidada pelo Ministério da Educação/MEC para contribuir com as políticas educacionais de ações afirmativas, entre elas: Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo/SEAS Programa Brasil Alfabetizado; Programa Diversidade na Universidade, na Coordenação-Geral de Diversidade e Inclusão Educacional/CGDIE/SECAD, especificamente na área de fortalecimento institucional onde foi responsável pela organização direta de 7 Fóruns Estaduais de Educação e Relações Raciais nos estados de: AL, PA, PI, RO, AM, MA e RS, contribuindo efetivamente com a instalação de fóruns permanentes para implementação da Lei Federal 10.639/03. Ainda na CGDIE, no final de 2006, foi convidada para atuar nos Projetos Inovadores de Cursos/PICs ? Pré-vestibular para Negros e Carentes onde ficou até setembro de 2007, quando pediu afastamento para cursar mestrado…. É membro fundadora do Ayabás – Instituto da Mulher Negra do Piauí. Entre os anos de 2009 e 2013 atuo nas Universidades Estadual e Federal do Piauí/UFPI e UESPI, e na Estadual do Maranhão/UEMA como professora substituta, colaboradora, em tutorias a distância e presencial, bem como em projetos de extensão de formação de professores e fomento a educação continuada de docentes. De 2014 até os dias atuais é professora Adjunta TI-40 DE do curso de História, da Universidade Estadual do Piauí; Professora permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade e Cultura da Universidade Estadual do Piauí. Atuando principalmente nos seguintes temas: Escravidão Negra e Urbana Séc. XIX – Cidades atlânticas séc. XIX- São Luís do Maranhão Séc. XIX – Educação Tecnológica – Raça – Identidades – Lei 10639/03 – Relações Étnico-Raciais – Políticas de Ações Afirmativas – Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Brasil Colônia e Escravidão Negra. Preside a Comissão de Verificação das políticas de Ações Afirmativas da UESPI e Pesquisa as Políticas de Ações Afirmativas na UESPI; Estar Conselheira do Conselho Estadual de Direitos Humanos.

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