Escrito por: Nathália Rodrigues

A primeira edição da Olimpíada Brasileira do Ensino das Relações Étnico-Raciais Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas (OBERERI) foi um sucesso, alcançou marcos expressivos no cenário educacional nacional. Realizada pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) com apoio do Ministério da Educação (SECADI/MEC) e do CNPq, a iniciativa envolveu mais de 29 mil participantes e consolidou-se como uma ferramenta estratégica para a promoção da equidade racial e o fortalecimento da educação pública antirracista.
A OBERERI é a primeira olimpíada brasileira dedicada exclusivamente ao ensino das relações étnico-raciais, com base nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas. A proposta vai além da competição acadêmica: ela é uma plataforma de construção coletiva do conhecimento, valorização das identidades e formação crítica de estudantes, docentes e gestores escolares.
“A OBERERI nasce do compromisso ético e político com uma educação antirracista, inclusiva e de qualidade. É uma ação que mobiliza escolas públicas de todo o país e reconhece os territórios quilombolas, indígenas, rurais e urbanos como espaços legítimos de produção de saberes”, afirma Drª Iraneide Soares, coordenadora do projeto.
Na primeira edição, mais de 2.500 equipes participaram das diferentes etapas da Olimpíada, representando escolas públicas de todas as regiões do Brasil. A maior adesão foi registrada no Nordeste (47,5%), seguido pelo Sudeste (32,6%) e Norte (11,3%). As equipes foram compostas por estudantes dos ensinos fundamental e médio, acompanhadas por docentes e gestores(as), promovendo uma atuação colaborativa e interdisciplinar.
Além das provas e atividades, a OBERERI também promove a Mostra de Tecnologias e Aplicações (META) na área da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), reconhecendo projetos científicos, experiências pedagógicas e práticas de impacto social. As premiações incluem medalhas, troféus, selos de escola antirracista e certificados de participação.
Com participação gratuita, a OBERERI se afirma como uma política de acesso e democratização do conhecimento, contribuindo para a inserção qualificada da temática étnico-racial nos currículos escolares e nos projetos político-pedagógicos das instituições de ensino.
Educar para transformar. Lutar para garantir. Aprender para libertar.
A ABPN já se prepara para a próxima edição da OBERERI, prevista para 2025, com o objetivo de ampliar ainda mais a participação de escolas e comunidades educativas em todo o território nacional. Em breve, novas informações serão divulgadas com o calendário, as etapas e os critérios de participação. Seguimos juntos(as) na construção de uma educação antirracista, democrática e transformadora!
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