Escrito por Jhoaria Carneiro (ASCOM/ABPN)
Revisado por Iraneide Sares (Presidenta da ABPN)
Publicado por Yure Gonçalves (ASCOM/ABPN)
Com a participação da ministra Anielle Franco e outras autoridades,como as pesquisadoras também da ABPN Dra. Wilma de Nazaré Baia Coelho e Dra.Ana Cristina Juvenal da Cruz, representando o GT 21 da Anped. o Ministério da Igualdade Racial lançou nesta segunda-feira (31), o “Caminhos Americanos”, um programa de Intercâmbios Sul-Sul, na sede da Reitoria da Universidade Federal do Maranhão, na Praça Gonçalves Dias, Centro, em São Luís.
O programa tem o objetivo de promover a troca de experiências e de conhecimentos e de políticas públicas que contribuam com o combate e a superação do racismo no Brasil, resultante da Cooperação Sul-Sul em intercâmbios de curta duração, particularmente, em países africanos, latino-americanos e caribenhos.
Durante o evento, a Profa. Dra. Iraneide Soares da Silva, presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), foi convidada para a mesa de autoridades, representando o movimento negro e, por conseguinte, a ABPN e o GT21 da Anped e outros segmentos. Na sua fala, ela trouxe uma reflexão sobre a importância do projeto a partir dos ensinamentos da primeira mulher preta advogada Brasileira, Esperança Garcia:
“Já no século XVIII ela (Esperança Garcia) falava de inclusão, quando denunciava a violência experienciada por ela e por seus companheiros/as, chamava a atenção para o pensar ações a partir do coletivo…então esse projeto de intercâmbio para alunos de graduação e pós graduação e professoras e professores da educação básica, é pôr em prática o verbo esperançar de Esperança Garcia”
“Já no século XVIII ela (Esperança Garcia) falava de inclusão, quando denunciava a violência experienciada por ela e por seus companheiros/as, chamava a atenção para o pensar ações a partir do coletivo…então esse projeto de intercâmbio para alunos de graduação e pós graduação e professoras e professores da educação básica, é pôr em prática o verbo esperançar de Esperança Garcia”. Afirmou a professora.
O programa vai beneficiar, no Brasil, estudantes autodeclarados/as/es pretos/as/es, pardos/as/es e/ou quilombolas regularmente matriculados a partir do 5° semestre dos cursos de licenciaturas de Instituições de Ensino Superior autodeclarados/as pretos/as, pardos e/ou quilombolas que atuem na Educação Básica das redes públicas de ensino.
Já no exterior, estudantes dos cursos de licenciatura de Instituições de Ensino Superior oriundos de grupos sociais historicamente vulnerabilizados e docentes do equivalente à educação básica no Brasil oriundos de grupos sociais historicamente vulnerabilizados serão os beneficiados.
Moçambique, Cabo Verde e Colômbia são os três países contemplados no primeiro ano do programa que tem previsão de duração de agosto/2023 a julho/2024.