Projeto Afrocientista

Afrocientista
Despertando talentos e construindo um futuro científico mais diverso e plural.
Ciência para todas as pessoas
O Afrocientista abre portas para jovens negros/as explorarem o mundo da ciência e da tecnologia
Juntos(as/es) pela transformação
O Afrocientista é um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária
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O Projeto Afrocientista da ABPN arvora-se na tríade ensino, pesquisa e extensão. Através de uma gama interdisciplinar de informações e metodologias visa a capacitação e experimentação para construção do conhecimento por meio da iniciação cientifica no âmbito das ciências (humanas, sociais e da natureza) e suas tecnologias. Este projeto tem como objetivo precípuo suscitar a vocação científica e incentivar talentos entre estudantes afro-brasileiros/as matriculados/as em escolas de ensino médio, preferencialmente públicas, mediante sua participação em atividades de estudo e pesquisa científica e/ou tecnológica desenvolvidas pelos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs), Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABIs) e grupos correlatos. O projeto se sustenta em três pilares: iniciação às práticas da ciência; instrumentalização sobre o fazer ciências; e formação para a cidadania e mobilização social. O projeto se sustenta em três pilares: iniciação às práticas da ciência; instrumentalização sobre o fazer ciências; e formação para a cidadania e mobilização social. O Afrocientista tem parceria e recebe apoio financeiro do Instituto Unibanco. Em 2023 completa sua quarta edição. Ao longo desses quatro anos logramos sua ampliação e o aperfeiçoamento dos instrumentos de acompanhamento e análise dos progressivos impactos das atividades desenvolvidas pelos Núcleos e grupos correlatos que participam do projeto. O projeto está presente no cotidiano escolar e os impactos são percebidos e avaliados pelos/as gestores/as, docentes e discentes. A execução deste projeto conta com o envolvimento e a participação dos/as coordenadores/as dos NEAB(I)s, bolsistas de graduação, bolsistas da educação básica, gestores/as das escolas e professores/as vinculados/as às escolas parceiras e voluntários/as. O envolvimento da gestão escolar é peça fundamental, buscando-se assim uma maior articulação entre as diferentes instâncias do Projeto, favorecendo o engajamento dos/as envolvidos/as, contribuindo assim para uma forte institucionalização do Afrocientista. São articulados momentos para partilha e troca de experiência entre os diversos segmentos e participantes. As ações para garantir a manutenção da memória e a história acontece com atenção à formação dos sujeitos envolvidos e aproxima os bolsistas da graduação e da educação básica com outras instituições de ensino superior.

Objetivos do projeto

Entre os pilares do projeto, constam:

O projeto Afrocientista possui abrangência em todas as cinco regiões do país, sendo composto por uma coordenação local (docentes coordenadores/as de núcleos/correlatos com trajetória extensa nos movimentos sociais e debates sobre questões étnico-raciais), bolsistas de graduação e bolsistas da educação básica. Além deste grupo, as ações são desenvolvidas por membros dos núcleo/grupos correlatos em parceria com docentes e equipe gestora da escola.

Produção de ciência e tecnologia é com a gente mesmo!

O projeto Afrocientista está bombando em todo o Brasil com eventos virtuais super bacanas, incluindo webinários incríveis e lives com os professores bolsistas. Além disso, os coordenadores e gestores dos grupos também marcam presença nesses encontros e ainda fazem reuniões de acompanhamento.

E sabe o que é mais legal? O Afrocientista já lançou várias produções incríveis, como podcasts, crônicas, poemas, vídeos e até jornais e livros. Todos eles abordam questões étnico-raciais e mostram como o projeto é uma fonte de reflexão e debate super importante. Além disso, os cientistas negros/as que participam do Afrocientista também têm se destacado em eventos acadêmicos e até ganharam um caderno temático especial na Revista da ABPN em abril de 2023.

Afrocientista: Despertando a vocação científica e construindo um futuro plural na ciência

Na quarta edição do projeto, em 2023, participaram 156 estudantes bolsistas da educação básica e 26 bolsistas de graduação, distribuídos entre os 13 NEABs/NEABIs/correlatos em todas as regiões do país. Além disso, neste evento, foi realizado o primeiro Encontro Nacional Afrocientista, na Universidade de Brasília (UnB), nos dias 27 e 28 de outubro, com a presença de mais de 100 jovens de todo o Brasil, beneficiados com todas as despesas cobertas por meio de parcerias que apoiam o projeto.

Durante o Encontro Nacional Afrocientista, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências, debater questões relevantes para a comunidade afro-brasileira, participar de oficinas e palestras inspiradoras, bem como fortalecer os laços de união e solidariedade entre os estudantes. O evento foi marcado por uma atmosfera de empoderamento, conhecimento e celebração da cultura afrodescendente, promovendo a valorização da diversidade e o combate ao racismo em todas as suas formas. Os organizadores destacaram a importância da educação e da representatividade na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos tenham oportunidades iguais de desenvolvimento e crescimento.

Mais que um projeto, uma comunidade: Afrocientista conecta jovens, professores e cientistas em uma rede de apoio e inspiração.

Durante todo o ano desde a sua primeira edição, no âmbito regional, o projeto promove eventos virtuais e presenciais periódicos como webinários, lives e seminários com a participação dos/as bolsistas docentes, gestores/as e coordenações dos núcleos/grupos correlatos. Há muitas produções já divulgadas que decorrem das pesquisas e experiências do Afrocientista. Entre as produções estão podcast, crônicas literárias, poemas, vídeos diversos, jornais e livros que evidenciam o processo de reflexão e debate em relação às questões étnico-raciais.

As atividades pedagógicas com materiais afrocentrados produzidas a partir do projeto valorizam cientistas negros/as, contribuem para a ampliação do repertório e dos planos de futuro dos/as estudantes. Os/as jovens negros/as passam a se ver representados/as em diferentes áreas do conhecimento, o que lhes desperta a curiosidade e o interesse pela aprendizagem. Além disso, o protagonismo juvenil, que busca tornar o ambiente escolar mais acolhedor para os/as jovens negros/as, contribui para melhorar a relação desses estudantes com a escola.

O projeto Afrocientista também tem impacto na gestão escolar e nas instituições de educação básica. Ele contribui para aproximar a gestão escolar do debate sobre o racismo na escola e o conhecimento da Lei 10.639/03. Além disso, as instituições de educação básica refletem e lançam propostas para alterações no âmbito curricular para ampliar a institucionalização do projeto. Por fim, estudantes de graduação têm formação acadêmica e práxis educativa potencializada pelo entendimento do debate da educação para as relações étnico-raciais na universidade, a partir das necessidades da escola.

Confira alguns desses materiais:

Webinários que estão disponíveis no Instagram
do Afrocientista e no canal do Youtube da ABPN:

Outras publicações e produções bibliográficas:

revista-abpn-caderno-afrocientista

Coletânea publicada no Observatório de Educação do Instituto Unibanco (2021): um conjunto de arquivos sobre “Desigualdade racial na educação brasileira: um guia completo para entender e combater essa realidade”. Um material produzido a partir da parceria entre a ABPN e o Instituto Unibanco com o intuito de entender melhor tais questões, desde o que é a desigualdade racial na educação brasileira; legislações e indicativos de caminhos e soluções de gestão para combater a desigualdade racial na educação.

Publicação em 2023 na Revista ABPN do “CADERNO AFROCIENTISTA: Juventudes negras e a educação científica pautada nas questões étnico-raciais”, disponível aqui.

Caminhando no ano de 2024 para a sua 5ª edição, o projeto Afrocientista tem se mostrado como um meio de sucesso para implementação das políticas de ações afirmativas, articulando instâncias distintas – escolas, universidades e movimentos negros, e, protagonizando a juventude negra na construção de suas trajetórias formartivas.

Confira as fotos do nosso I Encontro Nacional do projeto Afrocientista:

Acompanhe e contribua com o Projeto: