Proposta tem como objetivo expandir e fortalecer projeto para e com a rede Educação Profissional e Tecnológica.
Escrito e publico por: Jhoária Carneiro
Revisado por: Yure Gonçalves
Na última terça-feira (30), o projeto “Minas Negras: (Re)Construindo Em Afroperspectiva na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica” foi apresentado na SETEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, responsável por formular, planejar, coordenar, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica , para seu secretário, o Prof. Getúlio Marques Ferreira, pela Diretora de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as), Profa. Dra. Silvani Valentim, com uma proposta de expansão e fortalecimento do projeto através da Rede de Educação Profissional e Tecnológica (EPT),
O projeto é uma iniciativa que tem como objetivo contribuir para a promoção e fomento à inovação, à expansão e à melhoria da qualidade da Educação Profissional e Tecnológica, de jovens negras, especialmente quanto ao diálogo e integração com o Ensino Médio das redes de ensino Municipais e Estaduais das Regiões Nordeste do país.
De acordo com a Profa Dra. Silvani, que também coordena o Minas Negras, o projeto “contribui bastante com a comunidade negra e por isso levamos ele à Setec, para dialogar a possibilidade de incorporá-lo nessa secretaria do MEC”. Informou.
SOBRE O MINAS NEGRAS
O projeto Minas Negras iniciou sua jornada com 21 estudantes bolsistas e cerca de 120 voluntárias das redes municipais e estaduais de ensino em várias cidades do Brasil. Atualmente, o projeto busca expandir suas ações para 19 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, visando atender 114 meninas negras como bolsistas, além de envolver aproximadamente 1500 estudantes voluntárias, 19 estudantes de graduação da rede EPT e 19 docentes da educação básica. Em um movimento de aquilombamento científico-pedagógico e ubuntu, o projeto pretende formar uma rede que una instituições, pesquisadores, professoras, jovens estudantes negras e suas comunidades, gestores e especialistas, para construir práticas pedagógicas e processos formativos inclusivos e enriquecedores.
O foco do projeto está em seis eixos temáticos interligados:
Literatura afrodiaspórica;
Identidade e representatividade;
Educação STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática);
Linguagens, escrita criativa e comunicação;
Artes, corporeidade e saberes ancestrais e
inovação e empreendedorismo.
Estes eixos são fundamentais para promover a equidade e a representatividade para jovens negras na educação básica e no ensino técnico, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva. O projeto também visa fortalecer os vínculos entre educação, trabalho e desenvolvimento socioeconômico, disseminando a cultura do empreendedorismo e da inovação no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica, enquanto capacita jovens negras nos saberes históricos e tradicionais de matriz Africana e afro-brasileira.
