Projeto Afrocientista
Bem-vindo/a ao Projeto Afrocientista da ABPN!
Imagine mergulhar no mundo da ciência de forma interativa e envolvente. Em 2024, o Projeto Afrocientista está em sua 5ª edição e agora está presente em todo o Brasil, graças às parcerias com o Instituto Unibanco e o Ministério da Educação (SECADI/MEC).
O que é o Projeto Afrocientista?
O projeto é como uma grande jornada pela tríade ensino, pesquisa e extensão. Com uma abordagem interdisciplinar, oferecemos informações e metodologias inovadoras que inspiram estudantes afro-brasileiros/as do ensino médio, especialmente de escolas públicas. Nosso objetivo? Despertar a vocação científica e incentivar talentos por meio da iniciação científica em ciências humanas, sociais, naturais e suas tecnologias.
Como Funciona?
Imagine você participando de atividades de estudo e pesquisa científica e/ou tecnológica desenvolvidas pelos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs), Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABIs) e grupos semelhantes. Você será introduzido a três pilares fundamentais:
1. Instrumentalização sobre o Fazer Ciências: Você aprenderá as ferramentas e métodos necessários para a prática científica, entendendo como o conhecimento é construído e validado.
2. Iniciação às Práticas Científicas: Aqui, você se envolverá diretamente com experiências e experimentos científicos, colocando a teoria em prática de maneira concreta e empolgante.
3. Formação para a Cidadania e Mobilização Social: Além da ciência, o projeto também visa formar cidadãos conscientes e engajados socialmente, promovendo a mobilização e a participação ativa na sociedade.
Parcerias e Apoio:
Com o apoio financeiro do Instituto Unibanco, o Projeto Afrocientista tem crescido e se aperfeiçoado a cada ano. Em 2023, comemoramos nossa 4ª edição com grandes avanços. Agora, em 2024, estamos mais fortes do que nunca, presentes em diversas escolas e impactando diretamente a vida de gestores/as, docentes e discentes.
Participação e Envolvimento:
A execução do projeto conta com a dedicação de coordenadores/as dos NEAB(I)s, bolsistas de graduação e da educação básica, gestores/as escolares, professores/as parceiros e voluntários/as. A gestão escolar é fundamental para garantir a articulação e o engajamento de todos os envolvidos, contribuindo para uma forte institucionalização do Afrocientista.
Troca de Experiências e Formação:
Promovemos momentos de partilha e troca de experiências entre os diversos participantes, garantindo a manutenção da memória e da história do projeto. Isso aproxima os bolsistas de graduação e da educação básica de outras instituições de ensino superior, enriquecendo ainda mais suas trajetórias.
Junte-se a nós nessa aventura científica e seja parte da construção de um futuro brilhante para a ciência e a cidadania no Brasil!
Objetivos do projeto
- 1) Fortalecer o processo de disseminação das informações e conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, dando ênfase à visibilidade de produção de pesquisadores negros e negras, e à história, ainda silenciada, da produção negra na África e nas Diáspora;
- 2) Estabelecer parceria colaborativa entre a escola de educação básica, a ABPN, a universidade e os movimentos negros e das mulheres negras, assim como com a sociedade, em especial com os movimentos sociais por intermédio de suas representações como sujeitos sociais produtores de conhecimento,
- 3) Desenvolver atitudes, habilidades e valores necessários ao letramento científico dos afrocientistas, via práticas interdisciplinares e multiculturalistas, com vistas a formação de um cidadão críticos, ético, generosos e consciente de sua humanidade,
- 4) Integrar as pesquisas realizados pelos cientistas negros e negras às práticas, às políticas, às teorias e ao currículo da educação básica e universitária;
- 5) Potencializar a ruptura com a fragmentação e o isolamento instituído entre o currículo das escolar e os movimentos sociais;
- 6) Promover integração social e cooperativa entre os diferentes níveis de ensino e os movimentos sociais negros.
Entre os pilares do projeto, constam:
- 1 - Instrumentalização sobre o fazer ciências;
- 2 - Iniciação às práticas científicas;
- 3 - Formação para a cidadania e mobilização social.
O projeto Afrocientista possui abrangência em todas as cinco regiões do país, sendo composto por uma coordenação local (docentes coordenadores/as de núcleos/correlatos com trajetória extensa nos movimentos sociais e debates sobre questões étnico-raciais), bolsistas de graduação e bolsistas da educação básica. Além deste grupo, as ações são desenvolvidas por membros dos núcleo/grupos correlatos em parceria com docentes e equipe gestora da escola.
Produção de ciência e tecnologia é com a gente mesmo!
O projeto Afrocientista está bombando em todo o Brasil com eventos virtuais super bacanas, incluindo webinários incríveis e lives com os professores bolsistas. Além disso, os coordenadores e gestores dos grupos também marcam presença nesses encontros e ainda fazem reuniões de acompanhamento.
E sabe o que é mais legal? O Afrocientista já lançou várias produções incríveis, como podcasts, crônicas, poemas, vídeos e até jornais e livros. Todos eles abordam questões étnico-raciais e mostram como o projeto é uma fonte de reflexão e debate super importante. Além disso, os cientistas negros/as que participam do Afrocientista também têm se destacado em eventos acadêmicos e até ganharam um caderno temático especial na Revista da ABPN em abril de 2023.
Afrocientista: Despertando a vocação científica e construindo um futuro plural na ciência
Na quarta edição do projeto, em 2023, participaram 156 estudantes bolsistas da educação básica e 26 bolsistas de graduação, distribuídos entre os 13 NEABs/NEABIs/correlatos em todas as regiões do país. Além disso, neste evento, foi realizado o primeiro Encontro Nacional Afrocientista, na Universidade de Brasília (UnB), nos dias 27 e 28 de outubro, com a presença de mais de 100 jovens de todo o Brasil, beneficiados com todas as despesas cobertas por meio de parcerias que apoiam o projeto.
Durante o Encontro Nacional Afrocientista, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências, debater questões relevantes para a comunidade afro-brasileira, participar de oficinas e palestras inspiradoras, bem como fortalecer os laços de união e solidariedade entre os estudantes. O evento foi marcado por uma atmosfera de empoderamento, conhecimento e celebração da cultura afrodescendente, promovendo a valorização da diversidade e o combate ao racismo em todas as suas formas. Os organizadores destacaram a importância da educação e da representatividade na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos tenham oportunidades iguais de desenvolvimento e crescimento.
Mais que um projeto, uma comunidade: Afrocientista conecta jovens, professores e cientistas em uma rede de apoio e inspiração.
Durante todo o ano desde a sua primeira edição, no âmbito regional, o projeto promove eventos virtuais e presenciais periódicos como webinários, lives e seminários com a participação dos/as bolsistas docentes, gestores/as e coordenações dos núcleos/grupos correlatos. Há muitas produções já divulgadas que decorrem das pesquisas e experiências do Afrocientista. Entre as produções estão podcast, crônicas literárias, poemas, vídeos diversos, jornais e livros que evidenciam o processo de reflexão e debate em relação às questões étnico-raciais.
As atividades pedagógicas com materiais afrocentrados produzidas a partir do projeto valorizam cientistas negros/as, contribuem para a ampliação do repertório e dos planos de futuro dos/as estudantes. Os/as jovens negros/as passam a se ver representados/as em diferentes áreas do conhecimento, o que lhes desperta a curiosidade e o interesse pela aprendizagem. Além disso, o protagonismo juvenil, que busca tornar o ambiente escolar mais acolhedor para os/as jovens negros/as, contribui para melhorar a relação desses estudantes com a escola.
O projeto Afrocientista também tem impacto na gestão escolar e nas instituições de educação básica. Ele contribui para aproximar a gestão escolar do debate sobre o racismo na escola e o conhecimento da Lei 10.639/03. Além disso, as instituições de educação básica refletem e lançam propostas para alterações no âmbito curricular para ampliar a institucionalização do projeto. Por fim, estudantes de graduação têm formação acadêmica e práxis educativa potencializada pelo entendimento do debate da educação para as relações étnico-raciais na universidade, a partir das necessidades da escola.
Confira alguns desses materiais:
Webinários que estão disponíveis no Instagram
do Afrocientista e no canal do Youtube da ABPN:
Outras publicações e produções bibliográficas:
Coletânea publicada no Observatório de Educação do Instituto Unibanco (2021): um conjunto de arquivos sobre “Desigualdade racial na educação brasileira: um guia completo para entender e combater essa realidade”. Um material produzido a partir da parceria entre a ABPN e o Instituto Unibanco com o intuito de entender melhor tais questões, desde o que é a desigualdade racial na educação brasileira; legislações e indicativos de caminhos e soluções de gestão para combater a desigualdade racial na educação.
Publicação em 2023 na Revista ABPN do “CADERNO AFROCIENTISTA: Juventudes negras e a educação científica pautada nas questões étnico-raciais”, disponível aqui.
Caminhando no ano de 2024 para a sua 5ª edição, o projeto Afrocientista tem se mostrado como um meio de sucesso para implementação das políticas de ações afirmativas, articulando instâncias distintas – escolas, universidades e movimentos negros, e, protagonizando a juventude negra na construção de suas trajetórias formartivas.